09 fevereiro 2007

Canções de Amor e Ódio

Everything seems to bring
Memories of you





















Nenhuma vitória e nenhuma derrota
Parco alento na escolha
Entre o certo e o errado

Nada perdido e nada ganho
Nada é como foi
Entre tu e eu

À noite ainda oiço a tua voz
Quando apago a luz
E tento adormecer

Mas quase nada posso fazer
Porque não consigo viver sem ti
Seja como for

















O medo é o melhor amigo do homem

Olhos vigilantes, um deles fixo na porta
Esta espera mata-me, deixa-me exausto
Dia sim, dia não, os meus pés já cavaram buracos no chão
A escuridão é mais acolhedora que o calor de um quarto
Quero alguém que me aperte forte nos seus braços para sempre
A vida e a morte são apenas coisas que se fazem quando se morre de tédio

O meu lar é viver como um homem foragido
Os rumos que sigo levam-me a lugar nenhum
Para onde fugir agora?
Já estamos mortos, apenas ainda não enterrados
O medo é o melhor amigo do homem
Vais acumulando-o e ele acaba por te derrubar


















O mundo é uma suspeita
E o nosso amor nem isso
Depois de vários anos talvez impossíveis
Somos felizes
Perguntas-me se somos felizes
E eu digo-te:
Não sei

Beijamo-nos perguntas, se nos beijamos
E eu respondo:
Talvez
















At last I am free
I can hardly see in front of me

I'm lonely, please listen to what I say
I can't go on livin' life this way
I've tried and I've tried to make you see

I'm lonely, please hold me
Come closer, my dear
It feels so good just havin' you near



Como no Cinema
Canções de Amor e Ódio


Porque tudo na vida pode ser um filme, tudo na vida pode ser Como no Cinema

Pela primeira vez disponível na Internet:
DOWNLOAD

Vozes:
Aníbal Cabrita
Maria Azenha
Inês Meneses

Textos:
Jacques Brel
João Belo
Al Berto

Canções & outros Textos:
Robert Wyatt
John Cale
Leonard Cohen
Jimmy Scott
Astor Piazzolla & Roberto "el polaco" Goyeneche

Música:
Angelo Badalamenti

Produção; Montagem (em directo) e Realização:
Francisco Mateus

Tempo total: 38:00 min


Esta é uma emissão com o coração a sangrar. Pode-se amar e odiar a mesma pessoa em simultâneo? Sim, pode-se. E isso é pior que só odiar e pior que sofrer só amando. Amar e odiar o mesmo ser é o inferno na Terra. Infelizmente acontece. E quando acontece não há soluções fáceis. Aconteça o que acontecer, o resultado é sempre doloroso e pode deixar uma profunda ferida aberta para sempre. A passagem do tempo ajuda a curar, mas não cura tudo. Nem o tempo cura tudo. Já tudo se disse e escreveu sobre o amor e a sua salvação. Já só falta salvá-lo. Se o ódio tem que existir, no fim, ao menos que vença o amor. A linha que os separa é finíssima.
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Próxima emissão: «No Reino do Sol Poente»